..mas essa história linda e marcante... só o Vasco da Gama tem. Um clube marcado pela luta contra uma das piores mazelas que uma sociedade pode carregar: O preconceito. E o preconceito ia além da cor da pele. Ele ia desde o preconceito racial até o social. Existia o preconceito com os imigrantes portugueses, que eram em sua grande maioria comerciantes e trabalhavam duro, de sol a sol, e eram tachados de analfabetos e etc.
Mas não é sobre isso que quero falar. Quero falar de um clube que foi fundado sobre os alicerces da luta, mesmo que silenciosa por vezes contra o apartheid social que o Rio de Janeiro vivia no inicia do século passado. E esse mesmo, desde já, fez a sua opção, a sua escolha. E essa escolha determinaria que esse mesmo clube não fosse somente da colônia portuguesa. Essa escolha, essa opção, tornou esse clube popular, e abrigou a todos independentemente de sua condição social e racial.
Como bem disse o meu amigo Weber Fadel: “O Vasco é uma Maçonaria. Só que aberta”. Sim, somos uma família. E se formos analisar bem o sentido da palavra família, vamos entender ainda mais os motivos que nos fizeram escolher esse clube, essa idéia, para amar e carregar no peito até o fim. Não quero aqui dizer que quem não segue o Vasco está errado ou é pior do que nós. Longe disso, pois se assim estivesse procedendo, estaria eu indo de encontro a tudo que prego. Quero dizer que seguir essa idéia é algo diferente.
E hoje, depois de tantas dificuldades que passamos, depois de oito anos em que o clube fora rebaixado não só de divisão, mas de importância, eis que o vemos ressurgir não das cinzas, mas da sua glória que sempre será imaculada. O que o Vasco é ninguém vai mudar. Podem nos ignorar o quanto quiserem, mas a história já está escrita. E é essa história que me deixa emocionado a cada 21 de agosto. Porque só entende o que é ser Cruzmaltino quem é.
E hoje não quero falar de jogo algum. O que quero falar é que me sinto feliz demais por existir essa família que dia após dia vai se fortalecendo. Vemos mais camisas do Vasco nas ruas. Vemos mais fraternidade, e apesar de ainda existirem adeptos da selvageria, esses logo logo serão esquecidos. Ou talvez se voltarão para o propósito inicial de seguir à idéia e não a uma pessoa. Porque as pessoas falham... mas as idéias não!
Parabéns Vasco da Gama!
Um clube que se iniciou com um grupo e que se expandiu.
Nada mais democrático.
Nada mais social!
Ao Vasco tudo!
Música da semana: Jane’s Addiction – Just Because
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