quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Crônica - Entre expedientes burocráticos- 6 de Setembro 2017

Entre expedientes burocráticos  


Quarta feira, começo do mês de setembro, o dia amanheceu nublado, notícias da capital cearense dão conta de chuvas esparsas em vários bairros da capital de Alencar. Por aqui nuvens escuras escondem o sol nas primeiras horas da manhã. Nada mal para estes dias onde o astro rei marcou ponto intensamente sem trégua. Aproveito que ainda não deu a hora de pegar no batente para ir a agência bancária em busca dos meus parcos numerários devido ao mês anteriormente trabalhado. Como é começo do mês, a quantidade de pessoas que buscam os serviços bancários é grande, perco longo tempo na não menos longa  fila de pessoas que se encontram em situação parecida com a minha, numa época de muita tecnologia de aplicativos eletrônicos, nem tudo se resolve por este meio e a ida ao banco é inevitável. Volto a repitir que perco um tempo desnecessário para uma simples operação bancária que poderia ser evitada não fora minha necessidade de cumprir as obrigações mensais de dívidas adquiridas no comércio local. Volto a me impacientar com a instituição financeira que presta um serviço inversamente proporcional ao faturamento da instituição financeira. Penso em reclamar com os setores responsáveis pelos serviços do banco, tento construir mentalmente o texto fruto de minha reclamação junto a eles e me sinto como um caranguejo que batalha contra a s ondas do mar e que se espatifa no rochedo de pedras à beira mar. 
Após quase três quarto de horas naquela espera ansiosa, consigo meu intento e vou em buscar que cumprir minhas obrigações de amanuense, nesse itinerário fotografo so tipos urbanos que transitam pelas ruas da urbe, o comércio local está apinhado de pessoas que buscam comprar as coisas necessárias e desnecessárias, mulheres constituem o maior público dos transeuntes, mulheres de roupas curtas que exibem corpos não tão perfeitos do ponto de vista anatômico. O instinto reprodutor atiça a minha libido mas a racionalidade me reprime igualmente. Cruzo a praça dos mercadores na mesma hora que o relógio da igreja matriz soa as dez badaladas da manhã. Logo ali após o comércio de secos e molhados encontra-se a instituição pública na qual darei  meu expediente ininterrupto até a décima sétima hora desse dia, expediente de muita burocracia aborrecida de ofícios, despachos, duplicatas e letras.
 De frente a uma máquina sem sentimento, contribuirei para o bom andamento da administração pública. É hora de pensar pouco e trabalhar muito nesse mais um dia comum desse pequeno ente do serviço público brasileiro.