domingo, 6 de fevereiro de 2022

Pequena Crônica - Alhures - 6 de Fevereiro de 2022

 


6 de Fevereiro  - Pequena crônica – Alhures

 

Uma das práticas que mais encantam as pessoas é conhecer lugares desconhecidos, lugares nunca vistos e nem situados dantes. E para se deslocar, a depender da distância, faz-se necessário a utilização de semoventes. Eu na minha limitação para tal apropriação enfrento bastante dificuldades para tal. Mas hoje é mais fácil ver virtualmente as várias paisagens (urbanas ou não) mundo a fora. E é isto que eu faço nas raras horas de ócio que me são gratuitas. Hoje eu perambulei por ruas tortuosas de alguma urbe Brasil afora. (Não citarei que cidade é esta e muito menos qual bairro). Como citado, as ruas e vias urbanas são tortuosas e sem nenhum planejamento urbanístico. Nenhum traço de enxadrezamento da construção das ruas, vielas, becos e alamedas.  Percorro aleatoriamente as ruas sem me preocupara com os prédios ou paisagens naturais que cruzarão meu caminho. Há prédios de vários pavimentos sem nenhum rigor de engenharia ou arquitetura. Verdadeiros monstrengos que parecem que cairão a qualquer momento. Há um largo e uma praça pública mal assistida pela máquina estatal. Campeiam por lá os invisíveis sociais que o sistema econômico/político produziu. Há uma birosca pouco espaçosa que tem mesas e cadeiras na calçada atrapalhando os transeuntes do local. Há uma igreja onde poucos fiés foram flagrados a esta hora da manhã ( suponho que o registro fotográfico foi numa manhã de sol!). O espaço urbano se expande de forma infinda e eu cesso meu passeio virtual.

As horas avançam, minhas obrigações do lar precisam ser cumpridas. Preciso cumprir horas e tarefas para ser um eterno escravo do tempo. Preciso planejar as lides diárias desta semana que começará daqui a poucas horas. Consulto o aplicativo de mensagens para saber a que horas a moça da loja de secos e molhados o consultou pela última vez. Já é um tempo razoável desde da última vez. Estico a vista e aprecio um pequeno morro que fica ao fundo do meu quintal. Preciso voltar a rotina, preciso voltar a normalidade imposta. Hoje é mais um dia no calendário. Tudo se deu num átimo e eu comprei tudo isto sem dinheiro.

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