Sábado, meu sono foi cessado cedo, ainda não estamos na
sétima hora desse dia e sou impelido a abandonar os lençóis e a alcova. Logo
mais estarei no comércio de hortifrutigranjeiros em busca de víveres para meu
sustento, no mercado de paredes encardidas pululam um sem número de
consumidores carnívoros como eu, em busca do mesmo objetivo. Daqui a pouco em
casa junto a dois de meus irmãos, cumpro excepcionalmente nesta manhã o
compromisso semanal de discutir de que forma faremos nosso jogo da loteria
esportiva, discussão após outra entramos em consenso e começamos ilusoriamente
a sonhar com a difícil probabilidade desse cruel jogo, mesmo sendo o futebol um
esporte “meio lógico” – Mas nesse meio tempo a contenda é interrompida por duas vezes pelas visitas
inesperadas do chefe político que me explica o imbróglio causado por acordos
feitos a calada da noite, o intrincado jogo da política fez a reunião surpresa
demorar mais do que o esperado, voltamos para embate sobre jogo e entre uma
discordância e outra, um dos meus manos resolve abrir uma gélida cerveja
pousada no fundo do congelador. Nova pausa inesperada do nosso parlatório, é o
pai de minha esposa que nos fazer uma visita de última hora se queixando de
problemas de saúde inexistentes, nervosismo julgo que seja, nada que um bom tranquilizante
não resolva. Passada essa cena, voltamos para a conclusão do jogo. Depois de
acertados todos os ponteiros e entramos num tácito acordo, vem a ilusão da crença de um absurdo da sorte,
os irmão vão embora para outros afazeres, o relógio avança e já se aproxima a
hora exata de ir para o trabalho, apesar de se um sábado, à tarde preciso
marcar presença no trabalho para
garantir o leite dos pequenos. Apreço-me para chegar na hora certa ao trabalho,
o sol à pino do início da tarde é impiedoso. Preciso ir antes que esta crônica
termine e seja atropelado pelo tempo!
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