Eu preciso beber algo, rapidamente
Olá como vai? Não, eu não vou reproduzir essa canção do
Paulinho da Viola íntegra! Não que eu seja um alcoólatra vulgar, um inveterado
do álcool, longe de mim que sou bastante cônscio dos malefícios físicos deste mal. Estou apenas
cumprindo minha herança cultural herdade de uma cultura ocidental-cristã. Não
precisa ser uma carraspana, nem mesmo uma pândega álacre com uma multidão,
quero apenas botar meus discos para tocar, ouvir minha canções preferidas,
canções ecléticas que vão desde Babau do Pandeiro a Thelonious Monk, de
Raimundo Soldado a Dizzy Gillespie, simplesmente pelo prazer de ouvir música,
dançar desengonçadamente cada canção não solidão da casa, uma dança sem
censuras. Preciso beber algo rapidamente ao lado da moça Gal, a moça que me
ama, amar de intenso e duradouro prazer
como um porco, e não um amor ligeiro e comedido
sem resguardo da concepção. Preciso beber algo rapidamente no calor da
tarde, contraditoriamente uma bebida quente, uma bebida que causa brilho nos
olhos, tornando largo o peito quando percorre o caminho do estômago, a
serenidade chega num instante e a euforia é contida. Não pretendo ser um
relator das sensações tal qual fez o autor do livro Noite na Taverna nem
pretensão, nem habilidade para tal, pretendo nesse momento pelo menos me livrar
das amarras da obrigação do dia a dia, das angústias da racionalidade
existencialista. Preciso urgentemente terminar essa crônica, a garrafa de vinho
está aberta, tal qual os lábios da moça Gal, solicitando um contato, o gargalo
da garrafa são lábios artificiais no qual preciso beijar. Preciso beber algo
rapidamente, e ouvir canções que vão de
Babau do Pandeiro a Thelonius Monk, de Raimundo Soldado a Dizzy Gillespie. ,
Nenhum comentário:
Postar um comentário