Hoje é Natal, uma data que a muito tem seu personagem
principal, por razões meramente capitais,
como um mero coadjuvante de sua festa. Muita gente nesta data é extremamente
feliz, muitos trazem recordações boas, dos doces anos, dos verdes anos da vida.
Recordações extraordinárias e o nascimento de Jesus coincide com o melhor
momento da biografia de cada um, outros tem no dia de hoje o seu momento de tristeza,
os hospitais estão funcionando exatamente agora, como vão funcionar amanhã, em
pleno natal, muitos terminarão a vida exatamente nesta data, muitos serão
acidentados, os acontecimentos tristes e até torpes, assaltarão muitos lares exatamente no natal. E ficará sempre aquela amargura: quando
chegar o natal a pessoa vai se lembrar daquele dia triste que lamentavelmente coincidiu
com uma data, eleita pelos homens, para que Jesus nasça a cada ano em nossa consciência
e nossa sensibilidade. Todos nós temos muito que recordar sobre o Natal, nem
vou falar das minhas recordações, porque elas foram alegres , foram tristes,
comuns a cada biografia com suas nuance,
sua característica. O dia de hoje sempre será excepcional porque Jesus vai
nascer ( e está sempre nascendo a cada ano), de qualquer modo ele vai nascer.
Não importa se é um dia comercial, se o comercio aproveita para determinadas
promoções, para aumentar as vendas, para compensar dias ruins que aconteceram
por força da crise econômica, nem importa isso. O que importa é podermos
refletir, examinar, pesar, contar, rezar, rezar no dia de natal, é muito
importante refletir: Quem terá sido Jesus? Jesus erguendo Lázaro, erguendo aquela
criança que parecia dormir para sempre, e que despertou com uma fome forte, uma
necessidade imensa de se alimentar. Jesus fazendo o cego ver, mas o principal
de Jesus não é nenhum milagre específico, é o milagre de sempre conquistar a
coletividade das almas dos homens, conduzindo o ser humano para novos
horizontes, para outras perspectivas, redefinindo os sentimentos humanos, dando
uma nova dimensão ao amor. Eis que os poetas tentaram definir o amor. Camões
fez um soneto belíssimo sobre a chama
que arde inevitavelmente. Quantos falaram do amor antes dele e Depois dele! Mas o que se aprende de Jesus é
um amor mais amplo,é um amor por todos, é um amor coletivo, materno e paterno
ao mesmo tempo,é uma responsabilidade em sermos fraternos , a responsabilidade em
termos afinal de contas, uma condição espiritual enquanto somos humanos.
É assim Jesus, e
portanto que este natal renove todo seu mistério, que todos queiram desvendar
este mistério. Quem era mesmo o filho de Maria? Que história realmente ele
cumpria? Qual era o roteiro reservado por Deus a este homem? Como ele era? Que veio mesmo fazer?
Fez ou não fez?Até onde iria seu estado humano? Até onde o seu lado espiritual?
Natal é acima de tudo reflexão. Natal é
investigação. O momento em que nós
devemos ter profundidade para sabermos quem era Jesus. Ele está perdido dentro
da história e dentro do nosso íntimo, devemos encontrá-lo. Nós vamos encontrar Jesus,
nós vamos reconstituí-lo para que ele fale através de cada um de nós. Quem era
Jesus? Que Jesus era este? Que importa a
condição social que ele veio?! O que importa
que o natal seja uma data comercial? Não
existem datas comerciais em nossa alma, no nosso íntimo, na nossa fé, não há datas
comercias. Há datas especialíssimas, como é este Natal!!
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